
O Brasil, com sua vasta extensão territorial agricultável, é um dos principais produtores de alimentos do mundo. Ele possui alta incidência solar, eólica e é rico em recursos hídricos, tendo papel fundamental na produção de energias renováveis e de alimentos tanto para o consumo interno quanto para exportação.
A experiência brasileira mostra que o esforço dedicado na produção da matéria-prima para os biocombustíveis não tem resultado em diminuição na produção de alimentos. Os biocombustíveis são produzidos a partir de biomassa renovável e podem substituir parcial ou totalmente combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outros tipos de geração de energia. Em geral, usam como matéria-prima um ou mais tipos de produtos agrícolas como soja, cana-de-açúcar e milho, entre outros, além de gorduras animais, óleo de fritura reciclado ou resíduos da agricultura.
O etanol pode ser oriundo da cana-de açúcar, do milho e, agora, a empresa Be8 está construindo uma fábrica em Passo Fundo (Rio Grande do Sul) para a produção de etanol à base de trigo, triticale e outros cereais cultivados no inverno. Na mesma linha, será produzido o glúten vital, utilizado principalmente na indústria alimentícia.
O setor também gera renda para mais de 300 mil agricultores familiares, que fornecem cerca de R$9 bilhões ao ano em matérias-primas, sendo o maior programa de inclusão produtiva da iniciativa privada para agricultura familiar, conforme estabelece o Selo Biocombustível Social (SBS).
Com a sanção da Lei Combustível do Futuro, foram definidos marcos regulatórios que vão dar a base para investimentos em novas rotas tecnológicas para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono.
Entre os biocombustíveis avançados, o Brasil tem um grande potencial para a produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF, na sigla em inglês), mas ainda há muitas incertezas sobre as rotas tecnológicas, os sistemas de regulação, os modelos de certificação, as restrições quanto ao uso de insumos, os sistemas de financiamento e outros fatores que podem definir com clareza o modelo de negócio e o sistema de oferta dessa fonte renovável de energia.
Os produtores brasileiros dão grande importância à proteção da floresta e ao uso correto da terra, evidenciado por diversas certificações internacionais. As certificações de matéria-prima garantem que a produção agrícola e energética do Brasil seja sustentável e respeite os mais altos padrões ambientais.
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